Clap Your Hands
Uma versão ao vivo de “In this home on ice” estreou-me na sonoridade dos Clap Your Hands Say Yeah (CYHSY), banda norte-americana de indie rock. Não foi, porém, uma estreia fácil, isto porque aqueles primeiros acordes lançaram-me num estranho misto de repúdio e admiração, horror e entusiasmo: horror, porque a voz do vocalista Alec Ounsworth soava mal, ao murmurar sons imperceptíveis, quase a roçar a música atonal; entusiasmo, porque a melodia e o timbre acústico daquela canção revelavam uma preocupação e um talento para composições musicais cuidadas que auguravam uma carreira extraordinária.
Passado o choque inicial, a curiosidade levou-me a ouvir avidamente o álbum homónimo da banda (e o seu primeiro a ser editado, nos idos de 2005), para aí descobrir autênticas pérolas musicais como “Over and Over Again” (que alias já tocou por aqui), “Upon this Tidal Wave of Young Blood” ou “Is this Love”. No meio da sonoridade descomplexadamente simples e estranha que embala todo o álbum (e que em muitos momentos roça o “essencial q.b.” para exprimir uma ideia), há espaço para descobrir músicas absolutamente fabulosas como “Let the Cool Goddess Rush Away” e “Details of the War”. Quanto a “In this home on ice”, hoje gosto mais da versão ao vivo (a espreitar aqui) do que da versão gravada, precisamente porque percebi que aquele voz estranha, perdida nas guitarradas de uma semi-balada dramática, mais não é do que a melhor maneira de contar a história de algo frágil e precário… Soberbo.
Rendido, portanto, ao talento deste quinteto norte-americano, resta-me esperar que o seu novo álbum, “Some Loud Thunder”, esteja ao nível do primeiro. É que já me fazia falta ouvir música assim.
Passado o choque inicial, a curiosidade levou-me a ouvir avidamente o álbum homónimo da banda (e o seu primeiro a ser editado, nos idos de 2005), para aí descobrir autênticas pérolas musicais como “Over and Over Again” (que alias já tocou por aqui), “Upon this Tidal Wave of Young Blood” ou “Is this Love”. No meio da sonoridade descomplexadamente simples e estranha que embala todo o álbum (e que em muitos momentos roça o “essencial q.b.” para exprimir uma ideia), há espaço para descobrir músicas absolutamente fabulosas como “Let the Cool Goddess Rush Away” e “Details of the War”. Quanto a “In this home on ice”, hoje gosto mais da versão ao vivo (a espreitar aqui) do que da versão gravada, precisamente porque percebi que aquele voz estranha, perdida nas guitarradas de uma semi-balada dramática, mais não é do que a melhor maneira de contar a história de algo frágil e precário… Soberbo.
Rendido, portanto, ao talento deste quinteto norte-americano, resta-me esperar que o seu novo álbum, “Some Loud Thunder”, esteja ao nível do primeiro. É que já me fazia falta ouvir música assim.
2 Comments:
De cada vez que os ouço também penso:como é que consigo gostar de um tom tão...tão...aparentemente desafinado??!!Mas a verdade é que a música é enégica, viva, dá vontade de saltar!!tem ritmo e movimento!!
By mb, at 21 de fevereiro de 2007 às 11:40
É precisamente isso! A sonorida é estranha, ora infantil, ora confusa, ora linear, e a voz principal não é certamente a mais cristalina. Mas todo o conjunto funciona muito bem e as músicas têm todas algo de muito próprio de que é impossível não gostar.
By John, at 22 de fevereiro de 2007 às 22:03
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