Adams, Ryan
Ryan Adams seria, assim à primeira vista, um nome demasiado parecido com Bryan Adams para me levar a ponderar seriamente em pôr as minhas mãos num álbum de qualquer intérprete musical com este nome. Felizmente, o meu processo de descoberta começou ao contrário, quando ouvi apenas 20 segundos de uma música genial sem saber o respectivo título ou autor. Por sorte, a minha frágil memória permitiu-me decorar duas estrofes da letra, o suficiente para me deparar com esse poder que é "Desire", uma fantástica (quase) balada acústica de 3 minutos que me levou a reservar uns bons megas do disco do meu iPod exclusivamente a este senhor.
Ryan Adams, confesso fã dos The Smiths, é por muitos considerado como um dos mais promissores génios musicais norte-americanos (afinal, o jovem só nasceu em 1974 e espera-se que ainda tenho muito para dar). Para além de uma notável carreira enquanto produtor de nomes como Counting Crows, Wallflowers ou Alanis Morrissete, paralelamente, entre os anos de 2000 e 2005, Ryan Adams lançou sete álbuns a solo. Desde a sua estreia com "Heartbreaker", Ryan Adams foi compondo conjuntos espartilhados de música, canções de letras densas mas com uma sonoridade tremendamente simples, que paulatinamente lhe foram conquistando um grupo fiel de seguidores.
Se é certo que os seus álbuns são muitas vezes criticados por não formarem um todo coerente, também é verdade que têm o mérito de ser sempre honestos, precisamente porque funcionam como uma espécie de válvula de escape da atribulada vida de Ryan Adams. Por exemplo, a aclamada compilação “Love is Hell” (inicialmente dividida em duas partes) não passa de um sincero lamento musical, em jeito de ode, perante a morte da eterna namorada de Ryan.
Ryan Adams, confesso fã dos The Smiths, é por muitos considerado como um dos mais promissores génios musicais norte-americanos (afinal, o jovem só nasceu em 1974 e espera-se que ainda tenho muito para dar). Para além de uma notável carreira enquanto produtor de nomes como Counting Crows, Wallflowers ou Alanis Morrissete, paralelamente, entre os anos de 2000 e 2005, Ryan Adams lançou sete álbuns a solo. Desde a sua estreia com "Heartbreaker", Ryan Adams foi compondo conjuntos espartilhados de música, canções de letras densas mas com uma sonoridade tremendamente simples, que paulatinamente lhe foram conquistando um grupo fiel de seguidores.
Se é certo que os seus álbuns são muitas vezes criticados por não formarem um todo coerente, também é verdade que têm o mérito de ser sempre honestos, precisamente porque funcionam como uma espécie de válvula de escape da atribulada vida de Ryan Adams. Por exemplo, a aclamada compilação “Love is Hell” (inicialmente dividida em duas partes) não passa de um sincero lamento musical, em jeito de ode, perante a morte da eterna namorada de Ryan.
Triste, sem dúvida (e, por isso, por alguns frontalmente apelidado como deprimente em excesso), mas garantidamente um álbum de canções brilhantes e impossíveis de parar de ouvir, que vão desde o rock mais puro em "The House is not for Sale" ou "Love is Hell", às sonoridades mais intimistas de "Political Scientist", "Afraid not Scared" ou “The Shadowlands”. Já "Desire", a tal música que descobri por acaso, é a quarta no alinhamento de "Demolition", um álbum onde vale ainda a pena descobrir "Nuclear", "She wants to play Hearts" ou "Dear Chicago", entre outras. .
Perante um reportório tão vasto, é normal que qualquer um, mesmo o melómano mais distraído, fique com a sensação de que já ouviu Ryan Adams antes. De facto, pelo menos uma vez, nem que seja num filme ou numa série, já certamente se tropeçou em músicas como "New York, New York", "How do You keep Love Alive" ou "Come Pick Me Up", já para não falar na cover fenomenal de "Wonderwall" dos Oasis, que valeu a nomeação de Ryan Adams para um Grammy. Contudo, talvez o expoente máximo do "espera lá, eu já ouvi isto antes" seja alcançado com "So Alive", música do disco "Rock n' Roll" lançado em Novembro de 2003 e que se tornou num dos maiores êxitos da sua carreira até agora (para ouvir e conferir já aqui em baixo).
Em suma, e se a minha opinião contasse para alguma coisa, diria que vale bem a pena descobrir a discografia de Ryan Adams e o seu extraordinário universo sonoro. Quanto ao (quase homónimo) Bryan Adams, nada a fazer: mantenho-me irremediavelmente céptico.
.Em suma, e se a minha opinião contasse para alguma coisa, diria que vale bem a pena descobrir a discografia de Ryan Adams e o seu extraordinário universo sonoro. Quanto ao (quase homónimo) Bryan Adams, nada a fazer: mantenho-me irremediavelmente céptico.