brevemente por aqui

sábado, novembro 25, 2006

Ainda não foi desta

Depois de terem perdido em Tiblizi, para os Lobos a única alternativa era conseguirem ganhar à Geórgia, em Lisboa, por uma diferença pontual de 15 pontos, de forma a assegurarem o apuramento directo para o Mundial de Rugby de 2007. O jogo, contudo, não correu bem, e para correr era necessária uma sucessão de acontecimentos cósmicos improváveis, como os Georgianos errarem repetidamente e Portugal concretizar cada oportunidade na linha de ensaio, o que não aconteceu... O resultado final, um incontido empate de 11-11, catapultava a selecção Georgiana directamente para o Mundial, fazendo os jogadores portugueses amaldiçoar os 11 pontos que desperdiçaram em tentativas de conversão de ensaios e em pontapés de penalidade.
À Selecção Nacional de Rugby resta agora disputar o 19.º lugar em aberto no Mundial, jogando já em Janeiro a fase de repescagem contra Marrocos. Se sairem vitoriosos no total das duas mãos, os Lobos terão ainda que jogar contra a selecção do Uruguai, o único obstáculo que lhes restará para concretizar o feito inédito de colocar uma selecção Portuguesa na fase final de um Mundial de Rugby.

Syriana



Finalmente vi "Syriana", filme que há muito tempo estava na minha lista de pendentes cinéfilos. Syriana surpreendeu-me não só pela qualidade da realização de Stephen Gahan (conhecido pelo seu trabalho em Traffic, juntamente com Steven Soderbergh), mas também pelo desempenho de um elenco de actores de luxo, que conta com performances impressionantes de George Clooney, Matt Damon e Geoffrey Wright, para além do excelente trabalho de Alexander Siddig. Não obstante, durante todo o filme o argumento pareceu-me enrolado, confuso, difícil de seguir, sem no entanto lhe retirar a genialidade com que tece duras críticas à urdidura da economica e da política petroliferas.
Contudo, a surpresa de Syriana vem no fim, quando nos apercebemos que a maioria das cenas, aparentemente sem valor, desempenham um papel crucial no modo de contar a história e de brilhantemente criticar a dependência humana do petróleo. De facto, sem tomar lados ou sem arriscar gritantes juízos de valor, Syriana mostra-nos como o Ocidente só tem a ganhar com a intranquilidade social do Médio Oriente, lucrando à custa de jazigos de petróleo inexplorados por países sem os meios para o fazer. O cerne do filme, o ouro negro que justifica as piores e mais sujas manobras do xadrez político global, é, portanto, a personagem principal, recurso raro e em vias de extinção, cujo valor exponencial é o resultado da recusa ocidental em mostrar ao público as alternativas que já existem.
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Depois de ver Syriana e de reconhecer o mérito da preocupante mensagem que pretende fazer passar, justifica-se ler o inquietante e polémico livro de Richard Heinberg. "The Party's Over - Oil, War and the Fate of Industrial Societies" mostra quão dramaticamente o destino da Humanidade depende do petróleo e como essa mesma dependência levará à paralisação do Mundo como o conhecemos. Quando, pouco depois de 2050, as reservas mundiais de petróleo entrarem em declínio, será inevitável o crash da economia global, impotente para resolver a crise energética em que culposamente se mergulhou e que levará, por exemplo, à paragem quase total da aviação comercial. Vale a pena ler, para nos preocuparmos depois... E muito.

quarta-feira, novembro 22, 2006

For Russia, with Love


CSKA 0 - FC Porto 2
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Grande jogo, grande exibição; Excelente resultado.
Assim há dragão!

quinta-feira, novembro 16, 2006

Máxima da Semana

A perfeição é inimiga da pressa.
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E a prova é este post, que se fosse perfeito teria certamente mais conteúdo mas, com elevado grau de probabilidade, jamais seria publicado por manifesta indisponibilidade de tempo.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Pensamento do Dia


O mau de uma sexta-feira é que já só faltam dois dias para o início de mais uma semana de trabalho.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Nota Mental

Para salvaguarda da futura integridade física da minha mão direita, do meu pulso esquerdo, das minhas costas e do meu pé esquerdo:
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Enquanto não for um guarda-redes profissional, não fizer treino específico nem tiver a forma física indicada, não me posso atirar a cada bola com a crença idiótica de que consigo voar e de que, quando aterrar no chão, não me vou aleijar. Mais ainda, de futuro terei em conta que os avançados nem sempre evitam colisões com o guarda-redes adversário e que, por vezes, até lhe pisam as duas mãos com um certo prazer sádico.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Matéria a legislar


Como qualquer outro sistema lacunoso, também o nosso ordenamento jurídico evidencia falta de legislação que regulamente o exercício de actividades laborais nos dias úteis imediatamente subsequentes a descansos semanais (obrigatórios ou complementares). Nesse âmbito, e porque opinar ainda não constitui matéria colectável, parece-me que se afiguraria como paradigma de boa técnica legislativa abolir, da forma mais ampla e abstracta possível, qualquer actividade intelectual obrigatória a realizar numa segunda-feira (salvo devidas excepções). Quanto às terças de manhã, tenho que pensar mais um pouco... Mas como hoje ainda é segunda e não me parece que se trate de matéria digna de excepção, qualquer raciocínio esforçado nesse sentido terá que aguardar por amanhã (mas lá mais para o fim da tarde).